A universidade é onde as pessoas seguem seus caminhos rumo a uma profissão mas e o autodidata na ciência da computação qual é seu lugar no mundo? Em nossa pátria amada Brasil, temos um sistema de ensino que seleciona os estudantes por meio de uma prova de conhecimentos chamada “vestibular”. Pessoalmente, discordo da forma com que as coisas acontecem em nosso país, visto que muitos fatores podem jogar o desempenho de um excelente aluno na lata de lixo simplesmente por que ele não conseguiu um bom desempenho nesta “prova” que não prova nada.
Não busco neste artigo criticar as universidades por tentar de alguma forma selecionar os melhores alunos para seu corpo discente. Mas critico a cultura brasileira por até hoje não se organizar de uma forma menos “paliativa” e mais inteligente para selecionar os estudantes.
Na ciência da computação, assim como em qualquer outro campo de estudo, o aluno na universidade aprende a pensar como um pesquisador. A verdade é que o aprendizado muitas vezes acontece muito mais fora das salas de aula do que dentro dela. O professor que gosta de ensinar, quer passar todo o seu conhecimento ao seu aluno, no entanto, a capacidade de uma pessoa ensinar é limitada. Existem inúmeros obstáculos que podem retardar o processo de transmitir informações, por exemplo: dispersão dos alunos, problemas pessoais, dificuldades originárias da falta da base de ensino, etc.
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Com todo este cenário complexo delineado, gostaria de fazer algumas observações sobre a necessidade dos alunos, em especial, os de ciência da computação, de serem autodidatas. Ao ingressar em um curso de ciência da computação, existem desafios constantes para entendimento da lógica, linguagens de programação, hardware, etc. O curso em geral trata da base necessária para que seja possível entender o assunto. Porém, é impossível que o curso qualifique o aluno em todas as áreas derivadas da ciência da computação.
A verdade é que existe um caminho a ser seguido para compreender cada área. A universidade tem a função de apresentar este caminho aos alunos. No entanto, a universidade não percorre a fundo nenhum caminho específico, pois é dever do aluno aprender e percorrer o caminho indicado.
Por exemplo, na universidade é possível que um aluno tenha disciplinas como redes, banco de dados, lógica de programação, Java, etc. No entanto, nenhum dos alunos aprenderá o suficiente para afirmar que é um especialista naquela área. É possível que muitos alunos deixem a disciplina sem mesmo entender o porquê ela existe.
Quando trata-se deste termo, sempre imaginamos pessoas superdotadas que aos 10 anos de idade já fizeram seu primeiro aplicativo e estão ganhando milhões. Isto é verdade em alguns casos extremos, entretanto, autodidata é aquele que sem depender de ninguém cobrá-lo ou indicar um caminho, busca os dados e compreende o assunto por meios alternativos à sala de aula.
É preciso que as pessoas quebrem o pensamento que só é possível aprender em um curso específico. Atualmente o YouTube ensina desde amarrar os sapatos, até assuntos para doutorandos da área. É preciso perder o medo de pesquisar.
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Nesta área as tecnologias estão em constante evolução, ou seja, um framework ou linguagem que você aprendeu utilizar hoje, amanhã pode ser obsoleta. Os mais antigos da área colecionam exemplos deste fenômeno, mas vamos destacar um deles que é o próprio Java.
A linguagem utilizada em bilhões de aparelhos no mundo todo já foi alvo de críticas severas e é muito provável que será reciclada e ultrapassada por outras linguagens. Os navegadores Google Chrome e Mozilla Firefox já anunciaram a retirada dos plugins Java. Seguindo este mesmo caminho, a Google já busca alternativas para o desenvolvimento de aplicativos para o Android buscando substituir a linguagem Java.
Os programadores que se especializaram nesta linguagem terão que se especializar em outra área quando esta linguagem cair em desuso. Como já aconteceu com o Delphi, Small talk, etc. Aprender a aprender faz parte do mundo dos cientistas da computação, pois nesta área as constantes mudanças obrigam as pessoas a se auto educarem a aprender.
Todo o conhecimento que você adquire hoje, amanhã pode estar completamente fora do mercado. O profissional de TI que quer se manter dentro desta área deve se atualizar constantemente. Com isso quero enfatizar que esta atualização não deve ocorrer anualmente, mas sim, diariamente. Todos os dias podemos obter um conhecimento diferente sobre o assunto. Caso isto não seja agradável e você não tenha vontade de se atualizar, aconselho que procure outra área.
Esse post foi modificado em 2 de julho de 2021 12:02
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